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16 de maio de 2024A educação ambiental é peça fundamental na construção de uma sociedade mais consciente e transformadora, capaz de minimizar problemas sociais e ambientais.
Incluir a educação ambiental em diversos níveis (escolar, comunitário e corporativo) promove práticas sustentáveis das mais simples às mais complexas.
A separação e o descarte correto do lixo doméstico ou o manejo e transporte adequado de resíduos industriais são alguns exemplos de ações que contribuem para o combate à degradação ambiental e, consequentemente, reduzem as ocorrências de desastres.
Neste artigo, vamos abordar a importância da conscientização sobre educação ambiental na redução de desastres e exemplos de comunidades que obtiveram êxito na inclusão da educação ambiental. Continue a leitura para saber mais.
O que é educação ambiental (EA)?
De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), entende-se por educação ambiental “(…) os processos, por meio dos quais, o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
A educação ambiental é um direito humano fundamental previsto na Constituição de 1988 e, portanto, precisa abarcar pessoas de todas as idades e níveis escolares, estando presente nas esferas estaduais e municipais e nos processos educativos formais e não formais.
A transformação social gerada pela conscientização forma cidadãos capazes de identificar problemas, contribuindo para a prevenção de desastres catastróficos.
Desastres ambientais ou desastres naturais?
Diante das frequentes catástrofes no Brasil e no mundo, tornou-se mais urgente discutir temas como responsabilidade ambiental, mudanças climáticas e desastres ambientais.
Os desastres ambientais são eventos que impactam negativamente o meio ambiente e a sociedade, podendo ser tanto de ordem natural (furacões, terremotos e tsunamis) quanto provenientes de intervenções predatórias e da negligência humana (enchentes, alagamentos e deslizamentos).
Apesar da linha tênue, é fundamental diferenciar desastres ambientais de desastres naturais, pois entender os fatores que ocasionam cada tipo de evento contribui para o combate ao negacionismo climático e para a redução de riscos.
Mas como evitar, prevenir ou mitigar os danos causados pelos desastres ambientais? A chave está na inclusão massiva da educação ambiental no cotidiano das pessoas. Continue a leitura!
Educação ambiental e práticas sustentáveis
O aprendizado precisa de prática contínua para gerar resultados palpáveis e concretos, e isso leva tempo. Nessa perspectiva, a conscientização ambiental precisa estar presente desde o início da vida e em diversos espaços, como ambientes escolares, comunidades e empresas.
É importante ressaltar que, para alcançar resultados realmente concretos, é necessário que as práticas sustentáveis sejam de cunho individual e coletivo. Dessa forma, conseguimos envolver todos aqueles que se beneficiam dos impactos positivos da adoção das práticas sustentáveis.
Por meio da educação ambiental, aprendemos práticas como o respeito aos ecossistemas, a preservação dos biomas, a conservação dos recursos naturais, a separação do lixo e o manejo adequado de resíduos agroindustriais.
Tipos de práticas sustentáveis e seus benefícios
Práticas individuais como a separação do seu lixo e a destinação correta de resíduos são fundamentais para evitar desastres como alagamentos e transbordamento de rios, pois os materiais descartados tendem a obstruir a passagem de água de tubulações em perímetros urbanos.
Incentivar a economia local, reciclar e minimizar o desperdício também são caminhos sustentáveis que fortalecem a economia circular. Além disso, optar por meios de transportes alternativos que diminuam as emissões atmosféricas pode ser uma escolha e vem ganhando força nos últimos anos.
Existem iniciativas comunitárias que são, geralmente, realizadas por igrejas e associações de bairro e possibilitam a redução do consumo, como a criação de hortas comunitárias ou a organização de bazares/brechós.
No mundo corporativo, as empresas conscientes da sua responsabilidade social e ambiental, também são fortes aliadas na atenuação dos desastres ambientais.
As agroindústrias estão adotando práticas e tecnologias que possibilitam impactos ambientais negativos cada vez menores. O cumprimento das condicionantes do licenciamento ambiental, a gestão adequada de resíduos orgânicos e a utilização de fontes de energia renováveis para produção de energia limpa são algumas práticas sustentáveis que reduzem a degradação ambiental e fortalecem a imagem pública das empresas.
Benefícios
Os benefícios da educação ambiental no cotidiano fortalecem os 3 pilares da sustentabilidade (social, ambiental e econômico), permitindo o crescimento sustentável em todas as esferas.
No cenário atual, em que a crise climática e suas consequências fazem parte da nossa realidade, são inúmeras as vantagens de colocar a sustentabilidade em ação e tentar mitigar os impactos negativos que afetam o meio ambiente e a sociedade.
Veja abaixo alguns dos benefícios ao adotar práticas sustentáveis:
- Proporciona qualidade de vida e dignidade para a população
- Reduz a ocorrência dos desastres ambientais
- Constrói uma cultura de respeito ao meio ambiente
- Gera renda e emprego
- Melhora o relacionamento com a comunidade
- Contribui na preservação dos recursos naturais
- Colabora com um baixo impacto ambiental
Programas de educação ambiental
Vimos que, ao promover as boas práticas, a educação ambiental também contribui para a redução dos custos de produção de uma empresa/indústria, fortalece a marca e pode ajudar a criar comunidades mais resilientes e preparadas para enfrentar desastres.
Os programas de educação ambiental surgem da necessidade de um diálogo aberto e propositivo entre empreendimentos ou grandes indústrias e a sociedade. Essas práticas socioeducativas visam trocar conhecimentos sustentáveis de preservação e proteção ambiental com a comunidade no entorno da instalação e os trabalhadores envolvidos nas operações.
Se você ainda não planejou ou realizou um programa de educação ambiental com a comunidade, inspire-se nos exemplos abaixo e mãos à obra!
Exemplos bem-sucedidos
De acordo com a pesquisa Educação Ambiental e Emergência Climática, lançada em 2023 pelo Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA), existem hoje 42 práticas educadoras atreladas ao enfrentamento da crise climática no Brasil, sendo 18 localizadas na região Nordeste.
As práticas promovidas pela educação ambiental geram resultados concretos nas comunidades. Essas práticas podem ser impulsionadas se aliadas às iniciativas de assistência social e atendimento básico à população, como no primeiro exemplo abaixo.
- Programa Primeiro Passo e Caravana Mulher: desenvolvidas na cidade de Salvador-BA, esses programas visam o auxílio financeiro combinado com ações educativas para famílias de baixa renda, um dos públicos mais afetados pela emergência climática.
- Programa Escola Resiliente: realizada pela prefeitura de Petrópolis-RJ, essa iniciativa ensina estudantes, professores e outros funcionários sobre prevenção para saberem como agir em emergências.
- Defesa Civil na Escola: o projeto aplicado em Santos-SP é uma parceria entre a prefeitura e a Defesa Civil da cidade e tem o objetivo de formar alunos conscientes das medidas preventivas para evitar ocorrências de desastres, tornando-os agentes multiplicadores desses aprendizados.
- Educação Ambiental em Defesa da Vida: criada em Teresina-PI, a iniciativa tem alcançado outros municípios com intuito de construir uma cultura de respeito ao meio ambiente e preservação dos recursos naturais no espaço escolar.
É essencial a criação de políticas públicas e iniciativas privadas que incentivem a educação ambiental contínua para a formação de pessoas mais conscientes e que prezam pelo bem-estar da sua comunidade, tornando-a mais sustentável e segura.
Quer saber mais sobre práticas sustentáveis para adotar no seu negócio? Leia o artigo Resíduos agroindustriais: como dar a destinação correta?